A massagem e o alongamento melhoram esse enrijecimento e o gelo atua no alívio da dor, mas se a causa não foi identificada e tratada os sintomas acabarão voltando
Dor na sola do pé, próxima ao calcanhar, normalmente pior de manhã. Eles são os sintomas clássicos da fasceíte plantar. As medidas normalmente tomadas pelos corredores que sofrem com essa patologia são: gelo, massagem com bola e alongamento. Embora esses cuidados sejam válidos eles não são suficientes no tratamento, pois atacam somente os sintomas do problema, e não a causa.
Na fasceíte plantar é muito comum a sensação de enrijecimento da sola do pé, e não raro a fáscia plantar realmente fica mais rígida e espessa (ela é uma estrutura fibrosa na sola do pé que auxilia na sustentação do arco plantar e no mecanismo de amortecimento de impacto). A massagem e o alongamento melhoram esse enrijecimento e o gelo atua no alívio da dor.
Mas e a causa da fasceíte?
O que a levou a ficar mais rígida, inflamada e dolorida? Massagem, gelo e alongamento irão aliviar a dor momentaneamente, mas se a causa da patologia não for identificada e tratada os sintomas acabarão voltando.
Identificar a causa da fascite plantar, ou de qualquer outra lesão relacionada à corrida, não é uma tarefa fácil. O problema é multifatorial, envolvendo muitas variáveis, desde força muscular até comportamento social.
Alguns pontos importantes a serem investigados no tratamento da fascite são:
Força nos músculos dos pés
Existem pequenos músculos no pé, chamados de intrínsecos, que sustentam o arco plantar e permitem um bom movimento durante a corrida. A fraqueza desses músculos pode aumentar a sobrecarga sobre a fáscia.
Uma sugestão de exercício é: tente elevar o arco medial do pé (a curva que existe na parte interna), sem mover o restante da perna. No começo é difícil mas com persistência esses músculos vão sendo ativados adequadamente.
Problemas no treinamento
Aumentos bruscos de velocidade ou de volume de treinamento pioram os riscos de lesão, bem como uma rotina de quilometragem que ultrapasse os limites do corpo. Sobrecargas no
treinamento podem gerar a fasceíte plantar mesmo quando a biomecânica da corrida e a força muscular estiverem adequadas.
O impacto excessivo com o chão durante a corrida tem relação com a fasceíte plantar. Para minimizar o impacto é necessário aprimorar a biomecânica da corrida. Sobre tênis e amortecimento, uma pesquisa publicada esse ano por um grupo da Universidade de Harvard mostrou resultados interessantes. Eles acompanharam por um ano dois grupos, um correndo descalço e o outro com tênis tradicional (com amortecimento). No grupo que correu descalço houve menor número de casos de fasceíte plantar em comparação ao grupo que correu de tênis. Às vezes, alguns tênis, por serem muito rígidos no solado, modificam a biomecânica da passada, podendo gerar lesões não só nos pés.
Outros fatores como disfunções viscerais (constipação por exemplo), sono inadequado, entre outros, são sinais de que algo não vai bem no seu corpo e precisa ser avaliado por um profissional especializado para melhorar seu desempenho nos treinos e prevenir lesões.
Fonte: fisioterapia.com
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